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Estudo e participação em olimpíadas rendem mais que medalhas a alunos do IFPA

  • Publicado: Quinta, 06 de Maio de 2021, 17h49
  • Última atualização em Quinta, 06 de Maio de 2021, 17h49
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Quem nunca sonhou em ser medalhista em olimpíadas científicas? Sabia que ficar em primeiro lugar não é privilégio ou sorte e que um bom desempenho pode garantir vaga em universidade? Ouro, prata, bronze e cristal são resultados da soma de amor aos estudos, dedicação, disciplina, capacidade de concentração e interpretação, atenção e vontade de fazer o seu melhor garantem os alunos do Instituto Federal do Pará (IFPA) campus Parauapebas, medalhistas na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) na edição 2020, Filipe Ribeiro Rodrigues, Lucas Fernandes Araújo e Vitoria Sousa Resende Santos.

Lucas Fernandes Araújo é estudante concluinte do curso Técnico em Eletroeletrônica, um recordista em olimpíadas. Desde 2015 ele vem conquistando medalhas. Já participou cinco vezes da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), duas vezes da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), duas da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e uma da Olimpíada Paraense de Química (Opaq). No total, acumulou quatro ouros, três pratas e três bronzes. “Durante o período que estudei no IFPA, eu ganhei um total de sete medalhas. A mais especial foi a de ouro que recebi da OBMEP 2019, porque simboliza o resultado de anos de esforço e estudo”, ressalta.

Na OBR 2019, Lucas Fernandes foi ouro. Por seu desempenho, conquistou vaga para treinamento nacional em Porto Alegre (RS). Em 2020, na mesma competição, ele foi bronze. As inscrições para a edição 2020 ocorreram no período entre abril e junho. Por causa da pandemia de Covid-19, todas as duas etapas foram virtuais e a última no início de 2021. Os prêmios foram entregues ao Campus no final de abril. O jovem explica que seu desempenho foi diferente, pois estava focado em se preparar para o Enem. Além das aulas on-line de seu curso técnico, fazia cursinho para o vestibular. A estratégia deu certo, ele conquistou vaga para o curso de Medicina na Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal do Tocantins (UFT).

Assim como Lucas, o estudante do curso Técnico em Eletroeletrônica, Filipe Ribeiro Rodrigues, 18 anos, também é apaixonado por olimpíadas. Ele já participou da Obmep, OBA, OBF e da OBR. Coleciona quatro pratas, uma menção honrosa. O jovem explica que gosta de participar das olimpíadas, pois sente-se desafiado. “Toda olimpíada tem desafios empolgantes. Sempre aprendo algo com as questões e elas nos motivam a estudar mais sobre o assunto. Tive muito apoio do meu professor de informática, Hélio Bentzen, ele sempre buscou estimular os alunos a se inscrever e participar. Nos dias da prova, eu fiquei doente, tive febre, dor no corpo todo, fraqueza, vômito, eu nem ia fazer a prova. Mas, como era on-line, eu tinha a opção de fazer em casa e minha namorada me emprestou um notebook. Fiz o meu melhor. Mas jurava que nem ia conseguir nada, estou impressionado de ter conseguido uma medalha”, relembra Filipe Ribeiro.

A egressa do curso integral Técnico em Mecânica do IFPA campus Parauapebas, Vitoria Sousa Resende Santos, 18 anos, conquistou certificado de honra ao mérito por sua participação na OBR 2020. Após participar algumas vezes das olimpíadas de Matemática, Robótica e Biologia, garante que só se despertou para a importância dos eventos quando o professor de Informática do Campus Parauapebas explicou que os bons resultados olímpicos fazem diferença para a acadêmica. “Sempre participei das olimpíadas, mas nunca levei tão a sério. Mas, numa conversa com o Professor Hélio, fui informada que poderia conseguir meu passaporte para uma graduação na área de tecnologia”.

Os alunos explicam que não existe segredo para conquistar o resultado almejado em uma olimpíada, é preciso ir praticando os exercícios de edições anteriores.  A cada nova competição, se acumula conhecimentos e experiências. Garantem que não basta saber fórmulas, é preciso saber como aplicar os conhecimentos para resolver as questões. É preciso acreditar e superar a si mesmo, não se comparar com outras pessoas. “Quem persevera, persiste, não abre mão dos seus sonhos. Uma hora, consegue alcançar tudo aquilo que desejou. As pessoas seguem caminhos diferentes, umas demoram mais, outras vão mais rápido, outras têm mais sorte, outras vão de uma vez, outras vão aos poucos, mas eu sei que, mais cedo ou mais tarde, quem persevera consegue alcançar. Além disso, acreditar em si mesmo é um fator muitíssimo importante. É preciso ter a disciplina necessária para priorizar o que deve ser prioridade. Se você tem um sonho, você deve colocá-lo em primeiro lugar. Eu acredito que isso é o sacrifício necessário para que ele se torne real”, garante Lucas.

O professor de Informática que coordenou a OBR 2019 e 2020 no Campus Parauapebas, Hélio Fernando Bentzen Pessoa Filho, que atualmente leciona no Instituto Federal do Pernambuco (IFPE), comenta que o maior desafio enfrentado nesta última edição foi a pandemia que gerou dificuldades para transitar as informações e orientar minimamente os estudantes. De todo o IFPA, apenas cinco estudantes se inscreveram e, destes, três conseguiram medalhas. “Prata, bronze e honra ao mérito foram resultados excepcionais que mostram a superação dos envolvidos”, avalia.

A pandemia obrigou os estudantes a ficarem fora da sala de aula por um período longo. A retomada dos estudos no formato on-line não agradou a maioria. Apesar de considerarem as aulas nestes novos formatos boas, são categóricos em afirmar que não este formato não se equipara ao presencial. “O isolamento mexe com nossa rotina, nosso bem-estar, porque é benéfico o contato com meus colegas, com os professores, a questão de estar perto no dia a dia faz muita falta”, comenta Lucas.

Filipe Ribeiro acredita que o pequeno número de inscritos do IFPA na OBR se deve às dificuldades de acesso à internet em casa. “A pandemia afetou todo mundo, de uma forma ou de outra, infelizmente. Eu conheço a experiência de amigos meus que não conseguem estudar em casa, seja por dificuldade de concentração, a família fazendo barulho; seja por dificuldades financeiras, falta de internet e falta de um ambiente adequado aos estudos”.

Vagas olímpicas?

Quem participa de olimpíada são, em geral, alunos acostumados a longas jornadas de estudos e a enfrentar desafios que exigem concentração, raciocínio lógico, conhecimento amplo sobre os mais variados temas, dedicação, disciplina e organização para execução de projetos tanto em modalidade individual quanto em equipe.

De olho neste perfil de aluno, de alto desempenho, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) foram as primeiras universidades do país a oferecer vagas aos medalhistas em olimpíadas. A nova modalidade de seleção é denominada Vagas Olímpicas e o processo de seleção é inteiramente gratuito. Os estudantes não precisam fazer provas ou participar do vestibular. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade de São Paulo (USP) já implantaram o sistema em 2019.

Sobre esta possibilidade de ingresso em cursos superiores, Filipe Ribeiro se recorda do colega do IFPA Campus Parauapebas, Gabriel Talles Magalhães Ferreira, egresso do curso Técnico em Eletrotécnica, que utilizou a nota da OBR de 2019 para ter acesso ao curso de graduação em Ciência da Computação na Universidade Federal de Itajubá (Unifei) em Minas Gerais, em 2020.

De uma universidade para outra, conforme o edital, os estudantes podem concorrem às vagas de graduação com a nota olímpica da OBA – Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, OBB – Olimpíada Brasileira de Biologia, OBF – Olimpíada Brasileira de Física, OBQ – Olimpíada Brasileira de Química, OBM – Olimpíada Brasileira de Matemática, OBR – Olimpíada Brasileira de Robótica, OBMEP – Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas + Escolas Privadas, OBFEP – Olimpíada Brasileira de Física de Escolas Públicas , OLP - Olimpíada de Língua Portuguesa, ONC - Olimpíada Nacional de Ciências, ONHB - Olimpíada Nacional em História do Brasil

 

OBR

 A Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) é um evento anual e tem por objetivo estimular os jovens às carreiras científico-tecnológicas, identificar novos talentos e criar espaço para debates e atualizações no processo de ensino aprendizagem em todo o país. Os estudantes podem escolher participar de duas modalidades: Prática e Teórica. É elaborada para atender tanto público escolar habituado com a robótica educacional quanto ao público que tem interesse, mas desconhece a área.

Para saber tudo sobre a Edição 2021 da OBR acesse: http://www.obr.org.br

Estão abertas as inscrições na OBR 2021

Quem deseja participar da Edição 2021 da OBR poderá efetuar sua inscrição até 19 de maio na Modalidade Teórica, e até 16 de junho na Modalidade Prática Simulação e Apresentação. As inscrições na etapa regional da Modalidade Simulação podem ser feitas no período de 30 de julho a 14 de agosto de 2021. As provas, presenciais e virtuais, abordarão problemas na temática de robótica que possam ser solucionados a partir de ferramentas e conceitos compreendidos no currículo escolar básico, como ciências, matemática e linguagens. A Modalidade Prática consiste em pensar respostas para um ambiente de desastre, onde um robô autônomo recebe a missão de resgatar todas as vítimas sem interferência humana. Podiam participar estudantes do ensino fundamental, médio e técnico.

Quais os conhecimentos necessários para ter êxito na OBR?

A OBR é uma olimpíada interdisciplinar que abrange conhecimentos de Português, Matemática, Informática, Computação, Física, Biologia, Geografia, Química e Inglês. “Você precisa saber de tudo um pouco, pois está tudo atrelado à robótica. Essa área de tecnologia é abordada de uma forma bem mais próxima a nossa realidade. Além disso, quando você é medalhista da OBR, a depender do seu resultado, você consegue uma vaga no minicurso ofertado pelos organizadores da olimpíada. E, aí você entra em contato com a robótica propriamente dita, você aprende sobre robôs. Eu participei em 2019 e foi muito benéfico para minha formação”, afirma Lucas Fernandes.

Filipe Ribeiro considera recomendável, para ter bom desempenho na OBR, estudar resolvendo provas das edições anteriores. “Isso dá uma ideia de como a prova funciona e ajuda a se preparar melhor”.

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