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IFPA está na semifinal da OBRAC

Alunos do Campus Cametá estão na semifinal da Olimpíada Brasileira de Cartografia, a competição teve início em maio e encerra em novembro 

  • Publicado: Terça, 20 de Agosto de 2019, 21h00
  • Última atualização em Terça, 20 de Agosto de 2019, 21h16
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Alunos do Ensino Médio Integrado em Informática do Instituto Federal do Pará (IFPA), campus Cametá, conseguiram classificação para participar da penúltima fase da 3ª Olimpíada Brasileira de Cartografia (Obrac), edição 2019. Esta participação na Obrac 2019 é resultante do projeto de extensão do Campus sobre “Alfabetização Cartográfica”, elaborado pelos professores Fernando Roberto Jayme Alves (coordenador do projeto), Jean Louchard Ferreira Soares, Francisco Eudes do Nascimento Pereira e Lucas Hordones Chaves.

 

Ser capaz de ler e entender os mapas significa apropriar-se da linguagem cartográfica com seus sistemas de projeção, de referência e de coordenadas geográficas. Compreender e usar escala, articulação, representação altimétrica, orientação e convenções cartográficas. A representação gráfica de temas (Cartografia Temática), por meio da comunicação visual, é outro conhecimento muito importante, pois leva em consideração a percepção lógica e o uso de recursos das Geotecnologias. 

 

“A Cartografia tem grande importância no contexto social, pois, devido ao seu poder de comunicação visual, os mapas são instrumentos necessários e básicos para o estabelecimento de relações com o mundo. Entender um mapa não é apenas saber localizar geograficamente, a partir das coordenadas, um fenômeno, é compreender que o mapa é a representação de um espaço real, a partir de uma linguagem que utiliza três elementos básicos: sistema de signos, redução e projeção”, explica professor coordenador do projeto de extensão Fernando Roberto Jayme Alves.

 

A equipe do Campus Cametá, participante da Obrac 2019, é composta por um professor e quatro alunos (as) do Ensino Médio Integrado em Informática: Fernando Roberto Jayme Alves (professor e técnico da equipe), Aimeê Miranda Ribeiro (2º ano), Davi Araújo Ferreira (3º ano), João Gustavo Lima dos Anjos (1º ano), Valdir Neto Alves Cabral (1º ano).

 

Os alunos conseguiram passar na primeira etapa, quando realizaram testes teóricos por meio da plataforma de ensino à distância Moodle.  Na segunda etapa, realizaram o primeiro teste prático em que a equipe executou a elaboração de um croqui da escola em que estudam e relatou a atividade em arquivo de texto e vídeo. Para a elaboração do croqui foi utilizado trena, lápis, caderno, software de medição AndLocation e utilização de GPS para informar as coordenadas de cada vértice do perímetro do instituto. Após colher todos os dados, foi realizado o geoprocessamento e análise para gerar as informações geográficas. Para construir o croqui foi feito uso do Google Earth.

 

A avaliação do que foi apresentado será realizada por uma equipe de professores doutores e mestres, da área Cartográfica e afins, e por professores do ensino básico. O vídeo, com atividade e relatório enviados, passa por cinco avaliadores, que seguem uma planilha de critérios, que levam em consideração os aspectos técnicos e a criatividade.

 

A segunda e última fase, da etapa II, que já está em construção, consiste na produção de um Story Map. A atividade será disponibilizada para avaliação, à Comissão Julgadora, em meio digital na forma de Vídeo, Relato com registro de Imagens e link para o Story Map. O tema do seu Story Map é Somos Todos Refugiados, uma menção de apoio aos povos que são obrigados a sair de seus lares. A escolha foi inspirada na frase de apoio “Somos todos Charlie” na tradução do português para a expressão “Je suis Charlie”, divulgada após o ataque, com várias vítimas, ocorrido em 2015 na sede da revista francesa Charlie Hebdo, em Paris. Os alunos escolherão uma história para contar sobre algum dos casos relatados por Sebastião Salgado (países da África ou na Amazônia com tribos indígenas) ou Ai Weiwei (Paíse da África e Oriente Médio), ou sobre refugiados que vem para o Brasil da Síria ou da Venezuela. Ou ainda sobre deslocamentos forçados no Brasil causados por desastres naturais (deslizamentos e inundações relacionadas a eventos climáticos) ou por rompimentos ou inundações de barragens. A equipe deverá enviar o material para avaliação até 6 de setembro.

 

Sobre a importância desta II Etapa da Obrac, professor Fernando Roberto Jayme Alves, que participa pela primeira vez de uma Olimpíada, comenta sobre a alegria de chegar a semifinal. “A equipe superou minhas expectativas. Chegamos à quarta prova de um total de cinco. Os conhecimentos cartográficos têm importância para a construção de uma consciência espacial por parte do aluno”, afirma.

 

Se ficar entre as três equipes finalistas na II etapa, a equipe do IFPA Campus Cametá viajará ao Rio de Janeiro para participar da etapa final da olimpíada, onde as provas presenciais ocorrerão na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, no dia 20 de novembro.

 

Obrac

A Obrac é uma iniciativa da Universidade Federal Fluminense (UFF). O objetivo é divulgar a Ciência Cartográfica, promover a difusão de sua importância como ferramenta para o planejamento e desenvolvimento de recursos humanos para atuação nas geotecnologias, despertar nos estudantes a curiosidade e o interesse pela área com foco no conhecimento geoespacial para cidadania, através de atividades desafiantes que estimulam o aprendizado e o pensamento espacial. Estimular o interesse por outras ciências como Física, Geografia e Matemática. A Olimpíada está em sua terceira edição, a primeira ocorreu em 2015 e a segunda em 2017. Trata-se de um evento bianual, com participação de escolas de todos os estados brasileiros.

 

A III Edição da OBRAC enfoca a questão dos refugiados, abordando os aspectos relativos aos elementos e propriedades cartográficas. O tema sobre refugiados poderá contribuir para a compreensão deste fenômeno mundial, que afeta a vida de muitas pessoas, vítimas de guerras, desastres ambientais e situações que as obrigam a um deslocamento forçado de suas terras de origem.

 

A edição 2019 do evento iniciou em 13 de maio e encerra em 21 de novembro. São cinco fases em três etapas. As etapas I e II foram realizadas por meio de plataforma de ensino à distância Moodle. Consiste em dois testes: teórico (Etapa I: fases 1 e 2) e prático (Etapa II: fases 1 e 2). A última etapa (fase final) será presencial, e está programada para ser realizada em Nitéroi, RJ.

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