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IFPA promove oficina sobre ensino de português como língua adicional

  • Publicado: Segunda, 07 de Outubro de 2019, 19h10
  • Última atualização em Terça, 08 de Outubro de 2019, 16h53
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Curso prepara professores de vários campi para atendimento à comunidade de refugiados venezuelanos

A Pró-reitoria de Extensão (Proex) do Instituto Federal do Pará (IFPA) realizou, nessa sexta-feira (04), a “Oficina de Ensino de Português como Língua Estrangeira”. O evento reuniu professores de vários campi, que estiveram presentes fisicamente, na Reitoria, ou virtualmente, através de Webconferência. Com o tema “Ensino de Português como Língua Adicional (PLA): Compartilhando experiência docente”, a oficina foi voltada para professores de Línguas do IFPA, que buscam aperfeiçoamento para trabalharem com a comunidade de venezuelanos refugiada no estado.

A oficina foi ministrada pela professora Nanci Cartágenes, voluntária no IFPA, que há 10 meses ministra aulas de Português aos venezuelanos, no Campus Belém. “Eu tenho uma turma totalmente de venezuelanos e foi justamente por crises econômicas, políticas e sociais que eles saíram do país deles e vieram para o Brasil. A intenção é de tentar ajudá-los dentro de um contexto bem delicado, bem conflitante em relação ao que tá acontecendo no país deles, então era a forma que nós tínhamos de ajudá-los e de tentar amenizar a situação em que eles se encontram”, conta a docente.

Nanci Cartágenes começou falando sobre a diferença entre ensinar português para brasileiros e para estrangeiros, pois ao lidar com alunos de outros países, é preciso ter conhecimentos que vão além da Língua Portuguesa. “Quando nós, professores de inglês ou de espanhol, assumimos esse desafio, esse conhecimento tem que ser muito maior, nós precisamos ter um conhecimento mínimo de história, geografia, sociologia, filosofia, direito internacional, de relações internacionais, de psicologia. Então, para ensinar português como língua estrangeira, o conhecimento tem que ser muito maior, porque eu tenho que transitar em várias áreas, porque é preciso situar os alunos dentro da história do Brasil e do Pará, dentro da cultura brasileira e paraense”, destacou a professora.

Além de relatar a sua experiência com a turma de venezuelanos, a professora Nanci Cartágenes falou sobre conceitos importantes como Língua de acolhimento, Migrante, Emigrante, Imigrante e Refugiados, dentre outros. Também foi apresentado o Plano de Curso e o Material Didático que está sendo utilizado no Campus Belém. A professora ainda deu dicas para a elaboração de cursos em outros campi, sugestões para as aulas e as atribuições e desafios dos professores.

O objetivo da oficina era sensibilizar os professores do IFPA para a criação de outras turmas, em outros campi, a fim de atender à demanda crescente. “Nós temos sido procurados com listas de espera para que possamos ofertar mais esse curso, então como é a primeira vez no IFPA e esse é um curso piloto, essa capacitação é justamente para ajudar o pessoal de Belém e de todos os campi, no atendimento a essa demanda. Nós sabemos que, por exemplo, Santarém tem uma procura e uma demanda muito grande pelo curso de português e isso é justamente para colaborar. A professora está socializando a vivência dela em sala de aula com esse público, é a primeira vez que ela está fazendo isso, então ela precisou estudar e pesquisar para se preparar e agora está repassando isso aos outros docentes. Nós esperamos, com isso, sensibilizar os nossos servidores e outros professores, para que tenhamos mais ações como essa no IFPA”, explica a Coordenadora de Relações Interinstitucionais da Proex, Regina Krelling.

O curso de “Português como língua estrangeira”, ministrado pela professora Nanci Cartágenes, é voltado para os venezuelanos que migraram para a capital paraense. As aulas iniciaram em novembro de 2018 e são resultado de um acordo de cooperação entre o IFPA e a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Pará (SEJUDH). A Proex pretende fazer pelo menos duas formações para professores por semestre, para estimular a criação de outras turmas e compartilhar experiências.

Texto: Lívea Colares | Jornalista | ASCOM IFPA Reitoria

 

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