Ir direto para menu de acessibilidade.
Brasil – Governo Federal | Acesso à informação
Início do conteúdo da página
Últimas notícias

Projeto de lei visa reconhecer banda de música do Campus Belém como Patrimônio Imaterial do Pará

  • Publicado: Sexta, 12 de Junho de 2020, 12h25
  • Última atualização em Sexta, 12 de Junho de 2020, 17h53
  • Acessos: 2747
imagem sem descrição.

 A banda de música do Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Belém, está em processo de ser reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do estado do Pará. O processo é referente ao Projeto de Lei 134/2020, protocolado pela Deputada Professora Nilse Pinheiro, em reconhecimento à importância histórica, social e de formação musical da banda. Composta por alunos e egressos do Instituto, a banda já atua há quase 50 anos.

A banda visa a educação e formação musical dos discentes do Instituto, mas também atende demandas artísticas da sociedade, como recitais e cerimoniais, tornando-se parte fundamental na composição de eventos cívicos e culturais do estado, a exemplo da abertura do desfile de 7 de setembro. “Posso afirmar que a banda de música do IFPA acrescentou grandes experiências na minha vida, como por exemplo os desfiles de 7 de setembro e os encontros de egressos, me proporcionou também muitas lições de prática em conjunto, e ainda tive o prazer de estar tocando ao lado de grandes músicos”, conta Marlon Maciel, integrante da banda e estudante do Curso Técnico em Eletrônica.

Foi através da banda do IFPA que o Pará teve sua primeira Regente de Bandas de Música do sexo feminino, o que estimulou a inserção de novas mulheres maestrinas na Regência de bandas de música de outros campi do IFPA bem como de bandas escolares do estado. A professora Weiller Lucena assumiu a regência da banda em 2002 e comemora o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo grupo. “A importância do reconhecimento como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará está naquilo que transcende o aspecto estrutural e funcional do grupo, ou seja, vai muito além da sua formação instrumental, está na relação dos valores e benefícios artísticos culturais, tradicionais e vocacionais que trouxe e ainda traz aos alunos do IFPA e a sociedade paraense”, afirma a professora de Arte e Música do Instituto.

 

Trata-se de uma atividade extracurricular para egressos e alunos regularmente matriculados nos diversos cursos de ensino médio integrados ao técnico, cursos subsequentes e superiores. “É muito importante ressaltarmos a grande importância da presença de bandas de música nas escolas. Na banda do IFPA, por exemplo, conheci pessoas que começaram os seus estudos de música através desse trabalho e que hoje tocam em orquestras sinfônicas, em bandas militares ou que são professores de música, e tudo isso, graças a existência de projetos que incentivam o ensino da música nas escolas”, defende Marlon Maciel.

Jadson Maués é egresso do Curso de Telecomunicações e fala que participar da banda definiu o rumo da sua história. “Quando eu entrei no IFPA, que na época ainda era Cefet, eu já tinha iniciação musical, era estudante de piano, então entrei para a banda e ingressei, posteriormente, no curso de licenciatura em música da Uepa. Fazer parte da banda contribuiu para a minha vida profissional, hoje sou professor de música da prefeitura de Ananindeua e da prefeitura de Belém, da Secretaria Municipal de Educação (Semec), esse rumo na carreira da música foi justamente por causa do IFPA, agradeço muito ao Instituto por ter me dado a vivência, tanto na educação como a vivência musical, porque lá na banda a gente fez muita música, produziu muita coisa”, conta.

Fundada em 30 de novembro de 1970, a banda musical do Campus Belém iniciou suas atividades quando o Instituto ainda era Escola Técnica Federal do Pará (ETEF). Antes de conduzido pela atual regente, Weiller Lucena, o grupo foi comandado pelo professor de educação artística da então Escola, Manoel Nery Filho, que na época também era regente da banda de música dos fuzileiros navais da Marinha, em Belém, depois, a regência ficou a cargo de Armando Gomes, egresso da banda. A formação instrumental inicial era composta por saxofones, trombones de piston, trompetes e alguns instrumentos de percussão, agora, também incorporou tubas de 4 pistons, trombone baixo, trompas, fagote, euphonium e oboé, além de teclado, guitarra, contrabaixo e bateria.

 

“Neste ano de 2020, a banda faz 50 anos de fundação e, antes da Pandemia, pensei num projeto para o ano todo que incluiria ensino, pesquisa e extensão tendo sua culminância num evento comemorativo no dia do aniversário, num teatro, o seu grande show de aniversário. No entanto, a pandemia e suas consequências mudaram os planos, me fizeram repensar tudo e criar novas estratégias e reinvenções para o projeto de 50 anos, a ‘Música em tempos de pandemia’ foi um deles”, relatou a professora, referindo-se ao vídeo gravado a distância, que pode ser conferido na página do Facebook da banda.

 

 

 

Patrimônio Imaterial

 

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) define o Patrimônio Imaterial como "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural". O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração a geração, constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.

 

 

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página